segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Crônica: Escola Pedro Pires no Pernambucano


   Crônica:
  
   Num momento de pensamento e inspiração Madre Agate Verhelle disse: "Podemos sempre  mais que a imaginação". Interessante é que ela antes de ir para o além,ou até mesmo lá do além estivesse escrito essa bela frase pensando em nós,em nossa escola,em nossas atletas, em nossos alunos ,ou seja, ela nos impulsiona,dá  força,nos manda ir muito adiante, fazer de nossa garra a ligação para a realização de nossos sonhos,viver fases que jamais serão apagadas pelas cicatrizes do tempo em nossa mente,porque não em nossa vida.

Nossas aulas de Educação física, nos unia a um desejo único na forma mais discreta: o de jogar vôlei e participar dos jogos escolares, só não tínhamos a noção de para onde podíamos ir. E fomos, da forma mais brilhante que podíamos. 1 ª Fase local, moleza! 2ª Fase regional, habilidade foi à peça fundamental, afinal, enfrentar ETT (Escola Teresa Torres-Itapetim) , ganhar da Escola Santa Terezinha (considerado o melhor vôlei feminino mirim da Regional) não foi fácil, nem muito menos a “referência”. Agora, além de muitas outras maneiras de fazermos, de sermos, temos entre tantas, mais uma certeza a de que hoje nós é que somos e temos as melhores referências. É isso mesmo, nós que somos referência no que fazemos, realizamos de forma única. Verbo SER, forma afirmativa, no tempo presente, cujo tempo eterno.
De repente, é notícia, e lá está: Escola Pedro Pires representa Gerência Regional de Educação do Sertão do Alto Pajeú na categoria de Vôlei Feminino Mirim feminino, no pernambucano. Em grande estilo comemora-se a vitória que a Pedro Pires tem por merecer, pelo esforço e dedicação. Os alunos elevam sua felicidade, professores riem de alegria, gestão expressa sua mensagem e pais apoiam nessa nova e repentina fase.
- Jogos Pernambucanos, será que isso é verdade?Eu ouvi bem?Jogar com as melhores equipes de vôlei de Pernambuco?Hum...sei lá!
Correto!
 Animação,curiosidade,contagem regressiva,ansiedade.Esses eram os primeiros passos para mais uma fase, a 3ª.Anunciado calendário esportivo, e nos perguntávamos, será mesmo que esse mérito é nosso?Não demorou muito para termos a resposta.

Viagem preparada, emoção a mil! Lá estão elas no pernambucano, e de cá, nossa torcida vibrava, gritava no mais silencioso som causado pelas batidas do coração.Nossas orações pareciam servir ,e serviu demais!Com fé,habilidade e garra vencemos o primeiro jogo. Jogo de ferro,forte,tremíamos muito enfrentando as atletas da Escola EMAAF de Petrolina,mas antes de gelar,não por medo ou insegurança de perder a partida, mas pelo frio que era demais (frio de Garanhuns),marcamos dois sets a zero,vitória nossa!Lembramos isso perfeitamente,exatamente às 10 h da manhã da sexta-feira dia  (12)no Colégio Santa Sofia
-.Guiadas por uma perfeição sem igual,nossas atletas levavam em suas faces risos de felicidades,saques de conquistas, bloqueios com simpatia, manchetes de conhecimentos e  jogadas de  pura beleza, que encantava a todos,essas foram as maneiras de expressar-se  em Garanhuns, já que estávamos na cidade das flores. Lá, deixamos marcas no pernambucano de 2011, envolvemos tudo e a todos. Ali,nossa batalha estava iniciando, e não tão distante estava marcado na tabela oficial o nosso segundo jogo: Pedro Pires X(versus) Ouricuri. Interessante é que nossa vida constantemente nos dá o direito a viver momentos únicos e inexplicáveis, situações que só mesmo Deus para explicar. Pronto, já era Sábado, e nossa torcida já conquistada e reunida: atletas das cidades de Petrolina, Recife Norte e Sul e Itapetim  subiam as arquibancadas para gritar pela “EPPF”,só dava EPPF, a Escola Pedro Pires Ferreira oficializava sua sigla EPPF, essa sigla era sinômino de simpatia,inteligência,elegância e beleza. Mas, parecia que algo estava faltando.E de fato,faltava mesmo,nossa equipe de apoio,parentes,familiares,diretora,professores, amigos,colegas e admiradores. Que reponsabilidade!Andar dezenas de quilômetros para assistir a segunda partida que antecedia as semi-finais. Perder,era a palavra que não fazia parte do nosso vacabulário.Força total! Ouricuri marca um set a zero, a tristeza até tentou aparecer por lá,mas show desâmino!!!E nos mais fortes gritos de guerra, ensinamentos de nossos técnicos,que eram tantos, de vários lugares e tamanhos,estamos nós na segunda rodada e mostramos a que viemos,que somos 100% de Tabira,somos EPPF, vencemos o segundo set!.Terceiro set, nem precisa dizer, que só deu EPPF lá, EPPF cá! Marcou, agora somos semi-finalistas dois sets a um, adeus Ouricuri.
 Momento de lazer para conhecer a cidade, pontos  turísticos visitamos, e aproveitamos para dar uma passeada pela mesma. Domingo!Esse era o dia que nossas atletas acordavam na responsabilidade de levar o título, afinal estavam para competir entre os melhores de canto a canto de Pernambuco, agora, estaríamos de volta ao colégio Santa Sofia para enfrentar a Escola José Canuto de Barreiros...E aí,passamos por  horas,que não se dá para explicar as circunstâncias que as coisas chegam, mas pedimos só que  compreenda, pois nosso time era o melhor, nossa disposição maior,nosso desejo imenso,nossa torcida demais. Sim éramos melhores em quadra que nossas adversárias,talvez tenha faltado determinação em nossa equipe ou perdemos a noção de que estávamos numa competição maior,que por nenhum motivo devíamos fracassar, ou simplesmente dizer que o fator Sorte estava contra a gente, e não é que realmente estava.Com pedido de tempo,tempo e tempo,nada!O filme de nossa vida parecia parar,como se nossas atrizes esquecessem seu texto, tudo para dar certo! No entanto,procuramos falhas e nada, Dona Rosa Pires e Seu Geneildo Morais,gritavam para que nossas atletas não deixassem a peteca cair. E no piscar de olhos perdemos o primeiro set. Voltamos para segunda rodada, diferença mínima na pontuação, terminava-se o segundo set. Quando  nossa alegria transformou-se por um instante em lágrimas de tristeza, nos despedíamos ali do Pernambucano." As nêgas choram” bordão que muito se falava no hotel que estávamos, criado por Vinicius de Itapetim, amiguinho de nossa turma,mas não era só as nêgas que choravam,não, todos nós derramávamos lágrimas em nosso peito .Porém, crescimento é fruto de nossa esforço, garantimos entre as várias equipes o  terceiro lugar. Maravilha! A alegria voltou a nos contagiar, pulávamos com muito fervor, afinal, garantir a terceira colocação não era para qualquer um...Nosso sonho permanece, e deixamos guardado o desejo de irmos aos jogos brasileiros para o próximo ano. Como fomos longe em nossa vitória, e podíamos ter ido mais, simplicidade, interesse e compromisso é chave para o SUCESSO!Agora, temos a certeza de que muito podemos quando queremos,quando lutamos por um objetivo e defendemo-os. Parabéns Dona Rosa,Seu Geneildo e as meninas! Valeu o esforço e a conquista!!! A parceria entre vocês deu muito certo,nós ficamos aqui na arquibancada torcendo pelas mais conquistas que vocês podem trazer  à nossa escola.Valeu, abraços a todos!                       
                                      Profº Welton Feitosa (15/08/11)





2 comentários:

  1. Valeu Welton! Parabéns pela inspiração. Ficou linda a sua crônica, tãolinda que me fez reviver aqueles inesquecíveis momentos.....


    Rosa Pires

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